terça-feira, 12 de abril de 2011

O silêncio dos universitários

A cidade de Barra do Garças tem hoje aproximadamente sete mil universitários. Esparramados pelos 26 cursos nas instituições públicas e privadas do município. Isso é ótimo, sem dúvida alguma. Uma cidade onde existe um fluxo como esse, a tendência é crescer cada vez mais.
Porém, eu lamento o silêncio que ecoa das faculdades locais, que até parece de certa forma uma omissão do segmento universitários diante dos problemas que aflingem nosso povo. E não são poucos. Se não, vejamos: desemprego, falta de indústrias, IPTU caro, Taxa de Iluminação cara, escândalo de corrupção com asfalto da cidade, denúncia de fraudes na concessão de água, poluição acima da captação de água da cidade, etc.
A comunidade universitária, sem dúvida alguma, daria uma contribuição excepcional para mudar essa realidade caso discutisse esses temas e auxiliasse a socieade a mudar esse estado de coisa.
Uma cidade que precisa de emprego, profissionalização do turismo, criação de políticas públicas ao povo mais humilde certamente ficaria muito grata por uma contribuição acadêmica nesse sentido.
O SBT está apresentando uma novela chamada Amor e Revolução que reconstitui a luta de vários brasileiros durante o golpe de 64 e instalação do governo militar.
O enredo da novela choca muitos jovens. Talvez alguns sem saber que morreram pessoas nos porões e delegacias torturados por serem comunistas ou simplesmente contra o golpe militar.
Porém a força da resistência veio dos bancos escolares e das lutas da UNE, da Liga Camponesa, do MR8 entre outros movimentos.
Não estou falando em luta armada por aqui. Não é isso. Estou falando em participar. Discutir. Sugerir e reprovar quando necessário corrupção, coronelismo político ou qualquer coisa que prejudique a cidade de Barra do Garças. 
Porém, isso não acontece em Barra do Garças. Vejo uma juventude que aceita as coisas como são e não luta para mudar essa realidade. A sociedade acadêmica tem tudo para ser o elemento transformador de nossa sociedade. Os debates sobre nossa cidade deveriam estar nos intervalos, nos seminários e foruns nas faculdades e escolas.
Eu sou do tempo do movimento Coração de Estudante e Revolução que ressuscitou o movimento estudantil na Barra e reabriu a AME em Mato Grosso.
Espero que esse artigo desperte essa massa para romper esse silêncio e voltar a acender aquela chama de democracia, igualdade e felicidade para todos.
A idéia de curral, fazenda e de cidades com porteiras tem que acabar. E o primeir passo é unir o segmento universitário.

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