terça-feira, 14 de junho de 2011

A panela de pressão começa ferver na Barra


A um ano e quatro meses da eleição municipal, a panela pressão da política de Barra do Garças começa a ferver. Mesmo com suspiro, está pegando pressão e pode explodir até mesmo antes do período eleitoral. Dos possíveis nomes que irão disputar a eleição, dois já colocaram a ‘cara’ na janela e mostraram que estão com fôlego.  O deputado Daltinho, que agora prefere ser chamado de Adalto de Freitas e o empresário Roberto Farias participaram de vários eventos neste mês de maio e foram os destaques na festa de Santo Antônio.

A aparição dos dois confirma a suspeita de todos que eles querem ser o prefeito de Barra do Garças em 2012. Beto, como é conhecido o filho de Wilmar Peres, saiu forte da eleição de 2010 onde disputou uma vaga para deputado federal e encarou Eduardo Moura e Welinton Fagundes, este último apoiado pelo primo desafeto Wanderlei Farias. A votação acima de 10 mil votos colocou Beto como favorito para disputar a prefeitura de Barra. Não só pelo bom desempenho, mas pelo fato de marcar terreno. Durante a campanha estadual, o empresário não teve receio de mostrar que é oposição declarada ao prefeito Wanderlei Farias e esse aspecto o beneficiou na campanha.

Hoje é notório o desgaste político de Wanderlei Farias. Ora conhecido como o grande ‘tocador’ de obras do Vale do Araguaia, Farias parece cansado ou até mesmo desmotivado e praticamente inviabilizou o seu terceiro mandato em Barra do Garças. E para completar, o surgimento do escândalo Atlântida coloca em xeque a qualidade do asfalto feito em Barra do Garças, principal trunfo até então de Wanderlei. Prova disso que o republicano se gaba de ter feito mais de 1,5 milhão metros quadrados de pavimentação asfáltica. Esse número dificilmente será superado por outro prefeito. 

Wanderlei cometeu outros equívocos administrativos que podem pesar lá na frente na avaliação dos eleitorado. O aumento considerável do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e a criação da guarda municipal, os conhecidos azulzinhos. Essas duas medidas mexeram diretamente no bolso e povo se revoltou. Prova disso que nunca na história de Barra do Garças foram colhidas duas mil assinaturas contra um prefeito como fez o vereador Odorico Kiko durante a votação desastrosa do IPTU.

O primo Beto soube aproveitar os equívocos de Wanderlei e deslanchou na campanha para deputado federal. Outro golpe de mestre, se podemos dizer assim, foi à decisão de Beto em sair candidato a deputado federal. Até então, ele tinha sido vice de Chaparral numa eleição e era conhecido como filho de Wilmar. Hoje ele criou uma identidade forte com o povo. Fruto da sua votação em outubro de 2010.

Beto lidera as pesquisas e pode se tornar imbatível para 2012 principalmente se agir com inteligência e sensibilidade na composição de sua chapa e agregar forças. Digo atrair para o seu palanque outros postulantes como Daltinho, Eduardo Moura, Chaparral e o PT de Fátima e Kiko. E não será uma tarefa fácil mesmo porque os demais figurões também querem ser prefeito de Barra do Garças. É claro que do outro lado da disputa, o prefeito Wanderlei, estrategista que é, aposta no racha da oposição para quem sabe ganhar um quarto mandato ou eleger um sucessor.

Ainda na oposição, o deputado Adalto de Freitas demonstra que agora vai. Que desta vez será candidato a prefeito, como fora em 2004. Porém eu entendo que naquela eleição de 2004, era a vez do garoto Chaparral virar prefeito de Barra do Garças. Dito e feito. Se a eleição de 2004 era a cara de Chaprral, na minha opinião, a eleição de 2008 estava desenhada para o Daltinho vencer. 

Vamos recordar aqui, rapidamente, o cenário de 2008. Chaparral desgastado devido a perseguição de Wanderlei que não deixou o Chapa trabalhar. Lembra daquela ladaínha, do Chapa reclamando que sumiram panelas, botijões de gás e até onibus escolares quando pegou a prefeitura. Então isso custou caro para ele, mas mesmo assim Chaparral conseguiu se superar e por pouco não derrubou o Wanderlei na eleição.

2008 seria o ano de Daltinho. O peemedebista estava vindo de uma votação histórica de 12 mil votos em Barra e quase 26 mil que o colocaram na Assembléia Legislativa. Ele estava em ascensão. Faltou maturidade política para Daltinho que brigou com o governador Blairo no início e perdeu o foco do seu mandato. Era chance dele conseguir deslanchar na Barra e chegar a prefeitura. Muita gente disse que votou no Wanderlei ou Chaparral em 2008 porque não havia outro opção. A companheira Maria chegou a empolgar no início, mas depois perdeu o prumo de sua campanha.

Após a derrota de 2010, Adalto disse que está disposto a recomeçar a sua jornada e com novas convicções. Ele afirmo que é candidato a prefeito e pretende consolidar o seu nome com apoio do governado Silval Barbosa e do PMDB, o maior partido brasileiro. O peemedebista é um forte candidato a prefeito se realmente conseguir unir o seu partido em torno do seu nome principalmente com o apoio do governador Silval.

Fora os três nomes mencionados de Wanderlei, Beto e Daltinho. Outros estão surgindo até mesmo da indefinição daqueles que pleiteiam a maior prefeitura do Araguaia. Laura Beatriz uma opção caso Wanderlei não seja candidato, conta com o carisma para tanto. Eduardo Moura, mesmo com duas derrotas para deputado federal, é uma opção até mesmo do grupo de Wanderlei para buscar um entendimento sobre a prefeitura. 

Chaparral que está voltando da Itália afirma que não quer, apesar de vários seguidores defenderem a volta dele para prefeitura. Recentemente surgiu o advogado Sandro Saggin, correndo por fora. Trata-se de uma aposta talvez não seja para esse pleito e sim para 2016, entretanto a idéia de jogar uma sementinha e sair candidato agora pode ser interessante para ele. 

A panela de pressão começa a ferver na Barra. Mais detalhes aqui no Blog do Ronaldo

2 comentários:

  1. Cada uma... Prefeito de Barra do Garças será Wanderlei e prontoo... Tal de Beto Oqueee..

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  2. gostei do blog ótimas matérias.....

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